Skyhawk pronto para decolagem.
O fiel orientando saida do hangarete.
Agora as peças do tabuleiro começam a movimentar-se, um jogo paciente e tenso entra em ação com o acionamento de um caça A-4 Skyhawk, conhecido como AF-1 e AF-1A do esquadrão VF-1 da Marinha do Brasil, cuja missão será monitorada atentamente pelo GCI de Recife operando com um pequeno grupo de marinheiros preparados para tal função.
Em pouco tempo o falcão de aço alcança seu alvo e faz a identificação visual, informando para os controladores do GCI. A aeronave é um AT-26 Xavante.
Aeronave intrusa interceptada. Foto: VF-1
A aeronave da FAB atuando como intruso para a missão tanto dos controladores em terra, como do Skyhawk. Mas esta situação hipotética poderia ser real, afinal uma das missões do VF-1 da Marinha do Brasil é fazer interceptação e a defesa do porta-aviões NAe A12 São Paulo, projetando poder sobre as áreas onde o navio atua.
A INTERCEPTAER foi concebida para aprimorar não só as habilidades dos pilotos do esquadrão VF-1, mas também preparar os controladores navais de GCI, que exercem um vital e importante papel no porta-aviões monitorando o trafego aéreo e orientando as aeronaves em torno do mesmo nas mais diversas missões.
AFIANDO AS GARRAS
Durante duas semanas um grupo de cerca de setenta militares da marinha, e duas aeronaves (N-1011 e N-1021 posteriormente a N-1022) movimentou-se da base aeronaval de São Pedro d’Aldeia litoral norte do Rio de Janeiro, seguindo para a Base Aérea de Natal no R. G. Norte, para cumprir a missão INTERCEPTAER.
Esta operação foi dividida em duas atividades distintas; a primeira consistiu no aprimoramento do bombardeio convencional, praticando lançamento simulado, culminando com o arremeso de bomba convencional no estande de tiro da FAB em Maxaranguape, pelo AF-1A (N-1021).
Bomba de treino Mk.81 no Skyhawk N-1021 Foto: VF-1
A semana seguinte foi dedicada inteiramente a atividade AR-AR, no CINDACTA de Recife estava um numero de marinheiros realizando o vetoramento das missões de interceptação, as quais ocorriam diariamente, com lançamentos tanto pela manhã como pela tarde.
Confraternização, pilotos da Marinha e da FAB.
Num clima de total cooperação entre as duas forças, havia ocasiões que pilotos da FAB voavam no Skyhawk bi-place, o esquadrão anfitrião foi o 1º/4º GAv. “Pacau” unidade considerada dentro da FAB como a; “Sorbone” da aviação de caça brasileira devido a sua excelente performance na formação de “caçadores”.
Concentração de Piloto do VF-1.
Alegria após uma missão.
A INTERCEPTAER também mostra como o caminho de cooperação entre armas é importante, sem falar do aprimoramento das tripulações da Marinha e de suas equipes de terra, pois num deslocamento longo como este as aeronaves são meticulosamente revisadas após cada lançamento de interceptação.
Dia e noite, o incansavél trabalho da manuteção.
Atualmente a aviação naval brasileira goza de grande respeito e prestigio por suas irmãs de outras nações, e é justamente por sua atenção especial na manutenção e conservação de suas aeronaves, permitindo que suas tripulações possam cumprir as missões com tranqüilidade e alto profissionalismo.
A comunicação de pista é realizada por sinais.
Toda esta atividade visa não só deixar as tripulações “afiadas”, mas aprimorar cada vez mais o conceito da aviação na Marinha do Brasil, reforçando a doutrina de emprego de aeronaves de asa fixa em prol das diversas missões que são exercidas pelo porta-aviões.
Nas diversas interceptações realizadas, a missão principal do GCI é conduzir a aeronave até a melhor posição, esta atividade é fundamental tanto em condições de clima adverso, como em missões noturnas, neste caso permitindo uma aproximação mais furtiva possível.
Revisão e planejamento de vôo.
Os pilotos revisavam cada missão em detalhes, sempre buscando um melhor aprimoramento para a conclusão de cada interceptação, briefing’s e debriefing’s detalhados entre os pilotos da Marinha e da FAB, reforçava ainda mais esta cooperação. Ao final uma certeza; o VF-1 esta cada vez mais preparado para suas missões em defesa da esquadra ou em apoio as unidades irmãs, seja embarcado ou partindo de bases terrestres, o VF-1 Falcão estará sempre pronto e atento com suas tripulações de vôo e equipes de solo.
*Nota: O autor agradece a cooperação do esquadrão VF-1, o apoio do CCSM (Centro de Comunicação Social da Marinha), Comando da Aviação Naval e a recpetividade da FAB na BANT (Base Aérea de Natal).
Excelente fotos, Valter!
ResponderExcluirMuito bom mesmo, queria ter essa sorte... :D
como faço para ver as suas fotos em tamanho ampliado???(queria a 1º e a 11º)
Belo, Blog!
Vlws!
Obrigado por seu comentário Murilo, este espaço é para todos amantes da aviação como você.
ResponderExcluirCom relação as imagens citadas você pode entrar em contato comigo via e-mail.
Um forte Abraço!